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O prepúcio é o tecido peniano composto de mucosa e pele que cobre e protege a glande peniana, cuja face interna encontra-se aderida à glande ao nascimento. O acúmulo de secreções sebáceas e de resíduos da descamação da pele, associado às ereções fisiológicas, promovem a separação gradual entre essas duas camadas nos primeiros 3 anos de vida.


O prepúcio é retrátil nas diferentes idades pediátricas conforme a tabela abaixo:


Ao nascimento 4% de meninos com retração prepucial.

Aos 6 meses 20% de meninos com retração prepucial.

Ao 1 ano 50% de meninos com retração prepucial.

Aos 3 anos 90% de meninos com retração prepucial.


Fimose é o estreitamento circular do prepúcio peniano que impossibilita a exposição total ou parcial da glande. As causas da fimose podem ser congênitas ou adquiridas como balanopostites de repetição ou descolamentos traumáticos. A fimose pode ser classificadas em 4 tipos.


Tipo I – retração total do prepúcio com anel estenótico no corpo peniano;

Tipo II – retração parcial com exposição da metade da glande;

Tipo III – retração parcial com exposição somente da meato uretral;

Tipo IV – Ausência de retração prepucial.


Os estudos mostram que meninos não circuncidados apresentam risco 12 vezes maior de adquirir infecção urinária, além de maior probabilidade de apresentar doenças sexualmente transmissíveis e de câncer peniano na vida adulta. O tratamento da fimose pode ser clínico, com uso de cremes contendo estrógenos, anti-inflamatórios esteroides e enzimas proteolítica, nos casos mais leves.


A cirurgia, conhecida como postectomia, é realizada nos tipos mais acentuados, após a criança ter deixado de usar as fraldas, exceto em casos de complicações como parafimose, infecções de urina, retenção urinária e inflamação prepucial (postite). As técnicas de postectomia são a clássica e a que utiliza-se o anel plástico (Plastibell®), ambas realizadas sob efeito de anestesia geral e bloqueio anestésico para melhor conforto pós-operatório.


Estes procedimentos, quando realizados por cirurgiões pediátricos, apresentam baixo índice de complicações (2-10%), sendo elas as mais comuns: sangramento e infecções local. A recuperação pós-operatória costuma ser confortável com retorno precoce às atividades cotidianas.



Dr. Ricardo Silva Parreira

CRM/PR 19.281

RQE 15.587

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